Chave de Leitura
O objetivo é disponibilizar vídeos educativos com conteúdo simples e envolvente. Eu sou o João Luiz Cerqueira, sou pós graduado em Filosofia e o canal Chave de Leitura é voltado para facilitar a compreensão de diversos assuntos de Filosofia e História. São valiosas chaves de leitura que facilitam o entendimento dos fatos e ideias que constituem nossa caminhada no mundo.
domingo, 27 de dezembro de 2020
A Revolta do Forte de Copacabana
domingo, 13 de dezembro de 2020
A Guerra do Paraguai
Foi o mais sangrento confronto da América Latina que além de ser responsável por mais de 300mil mortes também reconfigurou o mapa da região
domingo, 6 de dezembro de 2020
Rousseau - Origem da desigualdade entre os homens
Qual é a origem da desigualdade entre os
homens e se é autorizada pela lei natural?
Foi
um famoso ensaio de Jean-Jacques Rousseau.
Filósofo social, teórico político e escritor suíço. Foi um dos
principais influenciadores do pensamento político e educacional moderno. Suas
ideias também influenciaram a Revolução Francesa.
sábado, 28 de novembro de 2020
A Guerra de Palmares
Para entender o que foi a A Guerra
de Palmares primeiro temos de considerar que aA história do Brasil passa pela
história da escravidão. Cerca de 12 milhões de africanos foram arrancados de
suas terras e trazidos como escravos para trabalhar no Brasil.
Neste período, o mais triste de
nossa história, A Guerra de Palmares foi um grito de liberdade. Os escravos
fogem dos engenhos e se refugiam em acampamentos na mata chamados Quilombos.
Palmares foi o maior Quilombo da
história da colonização brasileira e também de toda a América Latina.
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
A Coluna Prestes
A
Coluna Prestes foi um movimento de revolta organizado por tenentistas que
percorreu o Brasil entre 1925 e 1927 combatendo as tropas dos governos da
Primeira República.
Foi
um momento épico da história do Brasil e é considerada a maior marcha
revolucionária do mundo.
A década de 1920 foi marcada no Brasil pelo movimento tenentista, uma série de revoltas militares contra a República Velha que envolveu jovens oficiais das forças armadas.
Em 1922 ocorreu a Revolta do Forte de Copacabana e em 1924 Revolta Paulista.
Na
Revolta Paulista os tenentistas chegaram
a ocupar a capital por cerca de três semanas. Parte da população adere ao
movimento. Lojas são saqueadas. As forças federais atacam os revoltosos e
bombardeiam São Paulo. Morrem mais de 500 pessoas e 5.000 feridos.
Em seguida os rebeldes batem em retirada e se refugiam no interior do Paraná.
No Rio Grande do Sul 3 destacamentos revoltosos, comandados pelo tenente Luís Carlos Prestes, avançam até o Paraná e se juntam as tropas revolucionárias paulistas.
Em
29 de abril de 1925 iniciam sua longa marcha pelo interior do Brasil em defesa
de seus ideais revolucionários.
A marcha ficou conhecida como Coluna Prestes e
contou com aproximadamente 1.500 homens.
Percorreram cerca de 25 mil quilômetros pelo interior do país entre sertões e florestas incentivando a população a lutar por seus direitos.
Foram
dois anos e meio de caminhada por 11 estados com mais de 50 batalhas e apesar
de serem duramente combatidos, nunca foram derrotados.
Os membros da Coluna Prestes exigiam o voto secreto, a reforma do ensino público, a obrigatoriedade do ensino primário, a moralização da política, e o fim das miseráveis condições de vida e exploração das camadas mais pobres.
Depois de muitas batalhas a Coluna fica enfraquecida e reduzida a 650 soldados. Em fevereiro de 1927, os membros oficializam a deposição das suas armas. Seus jovens comandantes se exilaram na Bolívia.
Os homens liderados por Luís Carlos Prestes não conseguiram derrubar o governo de Washington Luís.
Entretanto, com a reputação adquirida na marcha vitoriosa, aumentaram o prestígio do tenentismo abalando ainda mais os alicerces da República Velha.
O
esforço da Coluna Prestes preparou o terreno para a Revolução de 1930 que levou
Getúlio Vargas ao poder.
Luís Carlos Prestes saiu da Coluna com o apelido de “Cavaleiro da Esperança” e tornou-se um dos grandes nomes da luta popular brasileira ao longo do século XX. Faleceu em 7 de março de 1990 na cidade do Rio de Janeiro, aos 92 anos.
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Existencialismo - Jean Paul Sartre
Jean Paul Sartre (1905 – 1980)
Jean-Paul Sartre foi o expoente
máximo do "existencialismo", corrente filosófica que prega a
liberdade individual do ser humano.
Em 1943 publicou “O Ser e o Nada” ,
seu trabalho filosófico mais conhecido.
Além de tratados filosóficos, Sartre
escreveu vários romances de sucesso.
Em 1964, renunciou o Prêmio Nobel de
Literatura por repudiar a atenção pública a sua pessoa. Era um pensador
militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra
Neste episódio vamos entender alguns
pontos centrais de sua filosofia.
O existencialismo surgiu entre as
duas grandes guerras.
A brutalidade da primeira Guerra
Mundial pôs fim a ideia de progresso que vários pensadores do século 18 e 19
afirmavam sobre a humanidade.
Na segunda guerra mundial o poder sem
limites dos governos massacrou corpos com a mesma facilidade que demoliu a
moralidade, a dignidade e a liberdade de cada ser humano.
Estes eventos colocaram em dúvida o
conceito de humanidade como essência do indivíduo. Cai por terra a crença em
uma natureza ou essência humana percebida apenas pelo pensamento e totalmente
dissociada da realidade individual.
Agora interessa compreender e levar
às últimas consequências o indivíduo realmente como ele é. Compreender o que é
a existência individual e o que ela representa e não mais pensar em uma
natureza humana universal.
%%%%
A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA.
O que é a essência?
A filosofia moderna se esforçou para
compreender a essência humana. Entendia que para encontrar a essência de algo
bastaria identificar sua principal qualidade. Por exemplo, a essência do ser
humano é a racionalidade, pois como sua qualidade principal é o que o diferencia
dos demais animais. Logo, a racionalidade é a essência do
homem, pois sem racionalidade uma criatura não pode ser homem.
-0-0-
Sartre inverte esta abordagem. Diz que não existe qualquer essência que
defina o homem antes de ele existir. Para conhecer o homem primeiramente devemos
considerar sua existência e não sua essência. Isto significa que o homem
primeiramente existe, se descobre, surge no mundo, e somente depois se define.
Logo, não há uma natureza humana anterior a sua existência que possa ser
considerada sua essência.
Um exemplo:
Ao olhar para um grampeador de papel,
de antemão sabemos que sua principal qualidade é grampear, portanto sua utilidade
é sua essência. Antes mesmo do grampeador ser produzido, ter existência física,
seu criador já sabe de tudo que é necessário para fabricá-lo e para qual
finalidade ele servirá. Sabe qual será o propósito de sua existência. Isto quer
dizer que conhece a essência do grampeador mesmo antes deste existir.
Portanto, se o grampeador fosse um
ser consciente, seria plenamente satisfeito e feliz, pois ao contrário do
homem, conheceria a causa e a finalidade de sua existência, ou seja, realizar
sua essência de grampear papeis.
Porém, o homem, ao contrário do grampeador,
surge no mundo sem uma razão que o
explique integralmente, sem uma essência e sem uma finalidade. O homem
desconhece sua razão de existir. É durante sua existência que definirá o seu
propósito.
Uma vez que não tem uma essência que
o determine o homem não está determinado a ser alguma coisa. O homem será simplesmente aquilo
que ele fará de si mesmo, não sendo nada mais do que isso.
O homem cria sua essência no ato mesmo de sua
existência. Isto esclarece a famosa
frase de Sartre: “A existência precede a
essência”.
%%%%
SER HUMANO CONDENADO A SER LIVRE
Já que o homem não nasce com uma
essência ou finalidade definida, sua liberdade de escolha não é subordinada por
qualquer definição anterior a sua existência.
Isto posto, podemos concluir com Sartre
que a realidade humana só pode ser uma: a liberdade.
O homem é liberdade, isso não quer dizer que
ele a tem como uma qualidade, pois a liberdade não o define, não diz o que o
ser humano é. Ela é a possibilidade para que ele escolha o que virá a ser.
Pelo fato de sermos liberdade, a
única escolha que não podemos fazer é a de deixarmos de ser livres. Isto
explica outra frase famosa de Sartre: o
Homem está condenado a ser Livre.
Mas isso não é tudo
Somente aquele que é livre pode ser
responsabilizado sobre seus atos e sua vida.
Escolher ser isto ou aquilo é afirmar
o valor do que estamos escolhendo, o que escolhemos é sempre o bem e nada pode
ser bom para nós sem ser bom para todos.
Desse modo nossos atos criam a pessoa
que queremos ser, mas simultaneamente também criam a imagem de pessoa que
julgamos que todos devam ser. Portanto,
a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, pois ela engaja
a humanidade inteira.
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Teoria das Ideias - Platão
Platão foi um filósofo grego que viveu entre 427-347 a.C
Como Aristóteles e Sócrates, é lembrado por ter desenvolvido as ideias e
os pensamentos que formaram a atual cultura do Ocidente.
Por exemplo, quando olhamos para uma rosa podemos pensar que ela é
bonita, mais aí, a rosa envelhece e já não a achamos mais tão bela.
Conhecimento só é conhecimento daquilo
que não muda caso contrário é apenas uma opinião.
O que nos faz reconhecer a todas como árvore. O que elas têm em comum? Elas
participam da mesma ideia perfeita eterna e imutável de árvore que está no
mundo das ideias.
Para os prisioneiros essas sombras são
a realidade. O tipo de compressão oferecido pelas sombras é justamente o mais
superficial.
Ele ve a verdadeira realidade, aquela
que está além das aparências, e precisa de um tempo para se ajustar e perceber
que o que ve agora é mais real do que o que via na caverna.
Os prisioneiros representam as pessoas
que se deixam levar pela aparência dos sentidos e a confunde com a realidade.
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